Terminal da Ultracargo em Itaqui (MA) adere à método inovador de limpeza e inspeção em tanque de combate a incêndios


A Ultracargo – provedora de soluções logísticas integradas e maior empresa independente de armazenagem de granéis líquidos do Brasil – realizou pela primeira vez a limpeza e inspeção de um de seus tanques sem a necessidade de esvaziá-lo. O processo ocorreu no terminal da companhia em Itaqui (MA), durou aproximadamente uma semana e foi liberado pela equipe de Planejamento e Controle de Manutenção (PCM) com apoio de outras áreas da companhia e de técnicos de uma empresa parceira.

Toda a operação foi realizada com o auxílio de robôs e equipamentos especializados, içados para o topo do tanque. A entrada dos dispositivos ocorreu por uma janela de inspeção localizada no teto, permitindo acesso completo ao interior do tanque, sem a necessidade de interrupção da operação. Durante o processo, o robô de limpeza navegou pelo fundo do reservatório, detectou e removeu sedimentos acumulados ao longo dos anos.

“A batimetria foi uma das soluções utilizadas para mapear a distribuição dos sedimentos, para posteriormente realizar a remoção, o que permitiu a inspeção visual e ultrassônica das chapas de fundo conforme a API653, uma norma que estabelece os requisitos mínimos para a inspeção, reparo, alteração e reconstrução de tanques de armazenamento”, conta Everaldo Silva Sena, Gerente de Planejamento e Controle de Manutenção da Ultracargo. Segundo ele, as informações coletadas geraram um mapa de calor, que revelou que a profundidade do acúmulo variava de um centímetro nos pontos mais rasos até 23 centímetros nos pontos mais críticos. Durante a operação, o robô percorreu quatro vezes o fundo, removendo com precisão apenas o resíduo encontrado. “Se não fosse retirado, o dejeto poderia comprometer o funcionamento das bombas e tubulações do sistema de combate a incêndio. Com os dados obtidos através da medição de espessura das chapas de fundo realizado por um veículo ultrassom submersível controlado remotamente, foi possível calcular a taxa de corrosão e a vida útil restante das chapas do fundo do tanque, assegurando a operação do ativo até a próxima inspeção.”

Leopoldo Gimenes, Diretor Executivo de Operações e Engenharia da Ultracargo, explica que a formação de sedimentos no tanque pode ser atribuída principalmente às impurezas presentes na água, que, ao longo de quase uma década, foram decantando e se depositando no fundo do reservatório. Ele ressalta, ainda, que a ideia é passar a realizar o mesmo tipo de procedimento em limpezas e inspeções futuras, expandindo o novo processo para outros terminais. “Com a finalização do projeto, também reforçamos nosso compromisso com a inovação, segurança e integridade dos nossos ativos, colaboradores e do meio ambiente”, complementa.

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