O incremento das operações portuárias elevou em 5,2% a movimentação de carga no Porto de Suape, entre janeiro e outubro deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado. O total foi de 20.985.821 de toneladas, com destaque para o mês de agosto, quando foram contabilizadas 2.670.132 de toneladas. O número de atracações também cresceu, com alta de 10% (1.381 embarcações dos mais diversos tipos e tamanhos). Com essa performance, Suape mantém a posição de sexto porto público mais movimentado do Brasil.
“Os números são bastante positivos e reafirmam a importância do Porto de Suape como um dos principais e mais movimentados terminais portuários do país. Mas estamos mirando mais alto. Os investimentos que a gestão Raquel Lyra vem fazendo em infraestrutura portuária vai ampliar ainda mais a capacidade operacional de Suape e assegurar um crescimento maior nos próximos anos”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti.
De acordo com o Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a operação de carga conteinerizada foi a que mais cresceu em relação ao ano passado, com alta de 23%, o que totaliza, nesse período, 528.258 TEUs (unidade equivalente a 20 mil pés). Isso se deve ao fato de o Porto de Suape ser uma das escalas, desde 27 de julho, da rota comercial entre Singapura e o Nordeste brasileiro, com paradas em complexos portuários da China, do Caribe e de outros atracadouros da região.
Nesse dia, o MSC Orion, de categoria mundial e com 366 metros de comprimento, foi o maior navio já recebido pelo porto pernambucano. A operação ocorreu no Terminal de Contêineres (Tecon Suape), no final da manhã de um sábado ensolarado. Com isso, o registro da chegada de outros New Panamax, como são categorizadas essas embarcações, se sucedeu nos meses seguintes, até a estreia oficial do serviço Santana, com a atracação do MSC Juliette, em 7 de novembro, dia em que o atracadouro completou 46 anos de existência.
A rota é explorada pela MSC Mediterranean Shipping Company S.A, uma das gigantes mundiais do setor de transporte marítimo. “Suape se posiciona como porta de entrada de contêineres de longo curso na região, trazendo mais competitividade para os exportadores e importadores. Trata-se de uma grande conquista para Pernambuco e as perspectivas são as melhores possíveis com a melhoria de nossa infraestrutura, a exemplo das obras de dragagem e de recuperação do molhe de abrigo”, pontua o diretor-presidente da estatal portuária, Marcio Guiot.
CARGA GERAL SOLTA
Já a movimentação de carga geral solta teve aumento de 13,9%, totalizando 492.208 toneladas. Açúcar ensacado, chapas e bobinas de aço; veículos, aerogeradores, vergalhão e tarugo de aço, além de grandes peças para a indústria, compõem o segmento. Em termos quantitativos, por exemplo, o hub de veículos movimentou no período 66.874 unidades, com destaque para os exemplares da BYD (Build Your Dreams), gigante chinesa de carros elétricos e híbridos.
Carro-chefe do complexo portuário, a operação de granéis líquidos (petróleo e derivados) se manteve estável entre janeiro e outubro, com uma pequena oscilação para baixo em relação a 2023 (-0,7%). No ano passado, movimentou 13.735.135 toneladas, o que representou 65,4% do total de carga. O atracadouro pernambucano é o líder nacional nesse tipo de operação. Também lidera o transporte de cabotagem entre os portos públicos do país, além de ocupar a primeira posição na movimentação de contêineres na região Nordeste.