Nas últimas semanas, investimentos privados em empreendimentos do setor portuário movimentaram o mercado brasileiro
Venda da Wilson Sons para subsidiária do grupo MSC foi anunciada nesta segunda-feira (21/10) – Foto: APS/divulgação
aquisição da Wilson Sons por uma subsidiária do grupo suíço MSC e a compra há um mês da Santos Brasil pelo grupo francês CMA CGM confirmam que o Brasil passa por uma fase excepcional no setor naval e que se transformou um ponto de atração para investimentos internacionais. A avaliação é do ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, que se reúne esta semana com grupos estrangeiros interessados em investir no Brasil.
A divulgação da venda de 56,47% do capital da Wilson Sons, uma das maiores empresas de logística do Brasil, para a Shipping Agencies Services (SAS), subsidiária do grupo MSC, foi anunciada nesta segunda-feira (21/10). No final de setembro a CMA CGM adquiriu 48% da operadora portuária Santos Brasil. O valor das duas operações foi de quase R$ 20 bilhões.
“O Brasil voltou a se conectar com o mundo e isto explica o crescimento que estamos tendo na movimentação portuária. De janeiro a agosto deste ano transportamos 3,5% a mais de carga do que em 2023. Só em contêineres, o crescimento este ano foi de 21% em relação ao ano passado”, disse o ministro, lembrando que os leilões realizados e os previstos estão deixando claro o potencial do país para a movimentação internacional de cargas.
O ministro informou ainda que o Governo Federal pretende realizar leilão de 39 unidades portuárias e de quatro canais portuários até o final de 2026. Somado ao que já foi leiloado desde o início do governo Lula, chega-se a 58 leilões. “Isto é muito mais do que foi leiloado entre 2013 e 2022. Ou seja, em quatro anos esperamos fazer mais leilões do que foi feito em 10 anos no Brasil. Isto mostra todo o potencial do país e comprometimento do governo do presidente Lula em ampliar a agenda portuária brasileira. Estamos construindo um modelo de governança que direcionará o crescimento econômico do país pelas próximas décadas”.